O que dizem os deputados da Assembleia da República sobre isto?...
O Má Despesa recebeu uma denúncia bastante pertinente sobre um concurso para o fornecimento de refeições na Assembleia da República. Os critérios apresentados, que só podem ser vistos em pormenor no caderno de encargos, não estão de acordo com um país que está sob ajuda financeira externa. Vale a pena ler a queixa que chegou ao Má Despesa:
“O critério mais importante na avaliação e subsequente selecção do fornecedor das refeições é a avaliação da ementa. Esta avaliação é feita tendo por base os tipos de produtos constituintes da refeição, sendo a ementa mais valorizada se dela fizerem parte os seguintes produtos: Perdiz, lebre, pombo torcaz, rola e similares, Lombo de novilho, Lombo de vitela, Lombo ou lombinho de porco preto (bolota) e Camarão/gamba grande (24 por Kg ou maior) e similares ou seja, numa época de contenção e de despesa (e num momento em que grande parte da população corta na conta do supermercado), os nossos representantes/governantes querem alimentar-se dos bens alimentares mais caros.
Diz ainda o caderno de encargos que o fornecimento de refeições deve ter em consideração as regras de uma alimentação equilibrada, tendo por base a dieta mediterrânea. Mais à frente na lista de capitações, o "bife em peça" tem uma capitação de 210 g, e o "Bife cortado" 190 g, ou seja, superior ao dobro do que é recomendado no contexto quer da dieta mediterrânea, quer de alimentação equilibrada".
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