segunda-feira, 18 de junho de 2012

Nem a mais alta tecnologia (esta, infelizmente ao serviço da guerra), é perfeita...Pilotos queixam-se de problemas respiratórios e tonturas, ao manusearem estes super aviões.

F-22 (Foto: Wikipedia)

F-22, um caça de cortar a respiração... literalmente

É o avião de combate mais caro e avançado do mundo, mas ninguém consegue perceber o problema que tem no sistema que fornece oxigénio aos pilotos e os coloca em risco.
O F-22 Raptor é o avião caça mais avançado e mais caro do mundo. É invisível aos radares, voa a 619 metros por segundo, cada unidade vale 150 milhões de dólares (119 milhões de euros), está equipado com a mais avançada tecnologia (conhecida) à face da Terra, que o torna a arma mais letal com asas. Mas, feitas as contas, até hoje tem sido mais um motivo de preocupação do que de segurança para os EUA. Tudo por causa dos problemas com o sistema que administra oxigénio aos pilotos.
Numa iniciativa inédita, alguns dos «ases pelos ares» da Força Aérea norte-americana chegaram a dar a cara no influente programa «60 Minutes» da estacão televisiva CBS, para denunciar o receio de voar a bordo da avançada máquina de guerra. Alguns deixaram mesmo de voar, por se queixaram de hipóxia, ou privação de oxigénio, de desorientação e até de problemas mas graves. 
Suspeita-se que foi um problema relacionado com o fornecimento de oxigénio que causou um acidente fatal no ano passado, que levou a que a frota ficasse em terra durante cinco meses.
Agora são dois membros do Congresso dos EUA que revelam que este é o problema é mais grave do que se pensava. 
Adam Kinzinger e Mark R. Warner divulgaram dados da Força Áerea que dão conta de cerca de 26 incidentes de privação de oxigénio por cada 100 mil horas de voo, uma taxa 10 vezes mais elevada do que com qualquer outro avião militar norte-americano.
«Esta informação confirma que o programa do F-22 não esta a correr a 100 por cento e os incidentes de privação de oxigénio são muito mãos graves do que se pensava», disse Kinzinger, antigo piloto da Guarda Nacional, segundo cita o jornal «Los Angeles Times».
Os congressistas revelaram ainda que num inquérito realizado no início de 2011 «a maioria dos pilotos do F-22 não se sentia confiante» a bordo do aparelho, devido a este problema.
O F-22, desenvolvido pela Lockheed Martin, é o caça mais caro do mundo. Mesmo assim, e apesar da frota ser manobrada por pilotos de elite, nunca foi usado em operações de combate, desde a sua entrada ao serviço, em 2005.
A Força Aérea tentou resolver o problema instalando um filtro de ar de alto desempenho. Mas os testes que foram realizados revelaram que os pilotos eram afectados negativamente por este sistema.
Os especialistas dizem não conseguir detectar o problema. Até lá a actividade do caça, considerado quase insuperável em combate, pelo menos em teoria, continuar asfixiada. 
Num projecto com cada vez mais falta de ar, até o secretário de Defesa, Leon Panetta, já impôs restrições ao uso do F-22, no mês passado.

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