terça-feira, 22 de maio de 2012

As gafes deste Governo...Memória descritiva para mais tarde recordar.


Este Governo não é piegas, gosta de pastéis de nata e... coiso.

Recorde as frases mais marcantes e polémicas do Executivo. Há gafes e «lapsos», mas também há muitos recados.
Se está interessado em ler este texto, avisamos desde já que não pode ser PIEGAS. Salvo algum lapso nosso, esta será uma boa oportunidade para recordar que o fim da crise está, afinal, MUITO PRÓXIMO. Saia da sua zona de conforto, prepare-se para rezar, coma um PASTEL de NATA e...COISO. Porque esta é uma viagem às frases mais marcantes e polémicas do Governo que tomou posse há onze meses.
Álvaro Santos Pereira, «só Álvaro», como pediu o próprio, destacou-se cedo. O ministro da Economia inspirou-se nos seus antecessores e decretou o fim da crise. «2012 certamente irá marcar o fim da crise e será o ano da retoma para o crescimento de 2013 e 2014», disse. Não parece ser a constatação da OCDE, por exemplo, mas adiante.
2012 poderá ser, pelo menos, o ano da emigração. Questionado sobre se aconselharia os «professores excedentários» a «abandonarem a sua zona de conforto» e a «procurarem emprego noutro sítio», o primeiro-ministro  respondeu: «Nos próximos anos, haverá muita gente que, ou consegue fazer formação e estar disponível para outras áreas, ou, querendo manter-se, sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa».
Mas não pense que os apelos à emigração ficaram por aqui. Nem os nossos pastéis de nata escaparam. «Nenhum empreendedor pegou nas natas e comercializou-as. Foi um emigrante português que pegou no frango do churrasco e criou o Nando's. Resta perguntar: as natas serão diferentes do frango no churrasco?», questionou Santos Pereira. A ideia era apontar o caminho à internacionalização das empresas portuguesas, mas o ministro esqueceu-se que já há quem o faça há 18 anos.
Pieguices, como diria o primeiro-ministro. Falando para um grupo de escolas, Passos Coelho pediu «exigência» no ensino e alargou o apelo às empresas e ao país. «Devemos persistir, ser exigentes, não sermos piegas e ter pena dos alunos, coitadinhos, que sofrem tanto para aprender», explicou, sublinhando que só com «persistência» e «intransigência» o país terá «credibilidade».
Ou isso, ou então resta-nos rezar. A ministra da Agricultura, «uma pessoa de fé», pressionada no Parlamento sobre as medidas do Governo em relação ao impacto da falta de chuva, recorreu à ajuda divina. «Esperarei sempre que chova e esperarei sempre que a chuva nos minimize alguns destes danos», afirmou. A chuva lá veio, mas aos bocadinhos, pelo que é aconselhável manter as orações.
Se for funcionário público ou pensionista, reze o que rezar, não voltará a ver os seus subsídios de férias e Natal pelo menos até 2015. O ministro das Finanças tinha garantido, em outubro, que o corte se arrastaria «durante a vigência do programa de ajustamento, que termina em 2013». Mas, afinal, em abril, descobriu, «muito vagarosamente», que foi «um lapso».
Já os dados do desemprego andam a «tirar o sono» ao Governo. O primeiro-ministro, no entanto, não vê nisso «um sinal negativo». «Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma, tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida, tem de representar uma livre escolha também, uma mobilidade da própria sociedade», disse. E se por acaso os portugueses continuarem preocupados com a taxa de 14,9% revelada pelo INE, fiquem pelo menos a saber que este Governo está empenhado em ultrapassar este... «coiso».

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